Fortaleza já estaria pronta para receber conexão de 5G, afirma Oi


Capital cearense está entre 26 cidades na qual a companhia já oferece serviços de 4.5G, cujo aparato tecnológico proporcionaria uma adaptação direta e ágil para a quinta geração de conexão de telefonia móvel


Fortaleza já está preparada para receber a quinta geração de conexão de telefonia móvel (5G), pela Oi, e deverá ser uma das primeiras cidades do Brasil a contar com a nova tecnologia. A confirmação veio do diretor de planejamento de core e transmissão da companhia, Laone Poleto, durante evento em Búzios, no Rio de Janeiro, onde a empresa montou uma estrutura de teste da funcionalidade, utilizando frequências de 3.5 GHz como teste.
A informação não garante, inicialmente, que Fortaleza será uma das primeiras cidades brasileiras a receber o 5G de fato. Algumas questões, como o próprio planejamento da Oi e o leilão de frequências da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) - que está marcado para o começo de 2020 - poderão causar impacto a previsão de chegada da quinta geração de telefonia móvel na Capital cearense.
Contudo, como a Oi já opera o 4.5G em Fortaleza, a adaptação para o novo sistema seria muito mais fácil. De acordo com Poleto, os equipamentos já instalados aqui estariam prontos para operar o 5G. Entre os ganhos principais, explicou o diretor da companhia, a nova tecnologia deverá trazer uma velocidade muito maior para usuários e uma resposta, ou latência, mais ágil em todos os âmbitos.
"O 5G deve chegar a ser a 50, 40 vezes mais rápido que o 4G. Além disso, devemos ter uma latência menor que um milissegundo", disse. Hoje, a Oi conta com estruturas de 4.5G em 26 cidades brasileiras, sendo uma delas a capital cearense. Todas elas estariam prontas para receber o 5G.
Funcionalidade
Outra possibilidade de aplicação para o 5G e que deverá ser explorado por empresas de telefonia e parceiros, é o conceito de internet das coisas, com sensores de segurança ou carros autônomos, por exemplo, afirmou Laone. Segundo o diretor, essas funcionalidades necessitam de um tempo de resposta muito baixo e de uma capacidade de conexão alta, para garantir estabilidade ao máximo de componentes ligados à rede possível, obtendo respostas ágeis.
"O 5G tem três pilares diferenciais: a velocidade; a latência, onde você um tempo de resposta muito menor, proporcionando conexões que necessitem dessa baixa resposta, como os carros autônomos. O terceiro pilar é justamente o da internet das coisas, que permite uma alta conexão de 'devices' em um pequeno espaço, então, é nessas coisas que a o 5G vem para beneficiar a população", disse.
Leilão
Na última quinta-feira (21), a Anatel ampliou o espectro que será colocado à venda no leilão que será realizado em março de 2020 para frequências de 5G. A previsão é que o Brasil tenha a operação da quinta geração nos próximos 3 ou 4 anos.

-Contraditório-

Segundo pesquisa, Fortaleza tem a 2ª pior velocidade 4G no País.
A Capital cearense possui a segunda pior velocidade do 4G no Brasil. Esse é o resultado da pesquisa feita pelo site OpenSignal, empresa especializada em mapeamento de cobertura da qualidade do sinal de redes sem fio durante o ano de 2018. O relatório informou que as operadoras brasileiras ainda estão longe de fornecer um serviço adequado ao usuário.
De acordo com o levantamento, o site analisou a experiência de velocidade do 4G de download de dez capitais brasileiras pesquisadas no período de 24 horas. Fortaleza possui a segunda pior média, ficando atrás somente de Manaus, sendo a cidade com menor taxa de download. Porto Alegre registrou o melhor resultado.
Segundo o relatório, os usuários de smartphones em Fortaleza e Manaus viram as menores oscilações. As velocidades médias de download foram, respectivamente, 14,3 Mbps e 13,3 Mbps, mais de 4 Mbps abaixo da média nacional e 10 Mbps mais lentas do que registrado em Porto Alegre, cidade com o melhor resultado.
Velocidade do 4G durante o horário de pico
Fortaleza também está entre as cidades que possuem velocidades de download 4G mais lentas entre 18 e 19 horas, período normalmente considerado como horário de pico. A Capital registrou 12,6 Mbps, a mais baixa, ficando atrás de São Paulo (15,8 Mbps), Salvador (15,9 Mbps), Rio de Janeiro (18,1 Mbps), Curitiba (18,2 Mbps) e Porto Alegre (21,4 Mbps).
Conforme a pesquisa realizada, os usuários móveis do Brasil podem ter experiências de rede muito diferentes com base em qual operadora estão conectadas e na cidade em que moram, podendo as velocidades oscilarem ao longo de um período de 24 horas.