Professor da Universidade do Estado do Amazonas - Manaus é acusado de traficar órgãos humanos

 


Manaus/AM - O professor universitário Helder Bindá Pimenta, acusado de traficar órgãos humanos da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) para Singapura, na Ásia, informou, por meio de sua defesa, que irá contribuir com as investigações da Polícia Federal (PF), que chegaram ao ápice ontem, terça-feira (22), com buscas na casa dele e no laboratório da instituição de ensino.

Em nota divulgada nesta quarta-feira (23), a defesa informou que o professor é apenas investigado em um processo que está na fase inicial, não havendo nenhuma condenação contra o mesmo pelo suposto envio de uma mão e placentas humanas para o polêmico artista indonésio Arnold Putra.

Helder informou estar à disposição das autoridades para prestar os devidos esclarecimentos sobre o caso. Preliminarmente, está afastado por 30 dias do curso de Anatomia da UEA.

As investigações envolvendo o professor por tráfico internacional de órgãos foram deflagradas ontem, terça-feira (22), com buscas e apreensões na unidade de ensino onde o professor atua e na casa dele.

Caso seja qualificado como traficante, o investigado poderá responder, na medida de sua responsabilidade, com pena de até 8 anos de reclusão.

Foi a PF quem divulgou o destinatário das remessas de mão e placentas humanas para o artista indonésio.

O delegado Igor de Souza Barros, que está à frente do caso, disse que a PF identificou que o homem é acostumado a receber encomendas desse tipo não só do Brasil, mas de outros lugares para fazer artesanato, adornos e peças.

Putra já teria visitado o Amazonas em2016, quando esteve em uma aldeia de índios yagua, no Vale do Javari, cujo grupo indígena se localiza próximo do município de Tabatinga, na fronteira com o Peru e a Colômbia.

Na época, em uma rede social, o artista afirmou ter dado um presente falsificado para o chefe da tribo.

A operação levou o nome de Plastina em alusão ao procedimento utilizado pelo investigado para conservar os órgãos traficados foi deflagrada na manhã de ontem terça-feira (22) e também cumpriu um mandado de afastamento de função pública.

Os documentos foram expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal da SJAM. Em nota, a UEA informou que um professor concursado da disciplina de anatomia foi afastado por 30 dias, após ordem da Justiça Federal.

Na UEA, foram aprendidos um computador e de peças anatômicas tratadas por meio de plastinação, utilizadas como prática de ensino da disciplina, no laboratório de anatomia.


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