Ministro do STF ordena bloqueio de redes sociais e WhatasApp de críticos do Supremo
Alexandre de Moraes determinou PF na casa de pessoas que postaram contra a Corte
Ministro do STF Alexandre de Moraes
Publicado em 16 de abril de 2019 | 21h00
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal (STF), determinou o bloqueio de contas em redes sociais e do
WhatsApp de sete pessoas investigadas por publicarem ofensas contra a
Corte. Em decisão sigilosa, o magistrado diz que foram verificadas
mensagens com “conteúdo de ódio e de subversão da ordem” direcionadas ao
STF. Os suspeitos foram alvos de buscas e apreensões realizadas pela
Polícia Federal no Distrito Federal, em Goiás e em São Paulo nesta
terça-feira (16). As informações são do site da revista Veja.
A medida é resultado de uma investigação instaurada a pedido do
presidente da Corte, ministro Dias Toffolli, em 14 de março. O objetivo
desse inquérito, relatado por Moraes, é apurar notícias falsas,
denunciações caluniosas e ameaças que “atingem a honorabilidade e a
segurança do Supremo Tribunal Federal, de seus membros e familiares”.
Uma das postagens que entraram na mira do STF foi publicada por um
policial civil do estado de Goiás com o seguinte teor: “O nosso STF é
bolivariano, todos alinhados com os narcotraficantes e corruptos do
país. Vai ser a fórceps”. Em outra mensagem, o suspeito diz: “O Peru
fechou a corte suprema do país. Nós também podemos. Pressão total contra
o STF”. O ministro chama a atenção para o fato de o envolvido andar
“constantemente armado”.
Em outro caso, o investigado disse nas redes sociais que o “STF soltou
até traficante” e que “é desanimador o fato de tantos brasileiros
ficarem alheios ao que a quadrilha STF vem fazendo contra a nação”.
Segundo o ministro Alexandre de Moraes, essas publicações revelam uma
“propaganda com o objetivo de alteração da ordem política e social”.
Entre os alvos também está o general da reserva Paulo Chagas. Segundo o
ministro do Supremo, ele fez “postagens nas redes sociais de propaganda
de processos violentos ou ilegais para a alteração da ordem política e
social, com repercussão entre seguidores”. Moraes diz que o “investigado
defendeu a criação de um Tribunal de Exceção para julgamentos do
Ministros do STF ou mesmo substituí-los”.
No mandado de busca, o ministro Alexandre de Moraes ordena à Polícia
Federal apreender computadores, tablets, celulares e outros dispositivos
eletrônicos encontrados nas casas dos suspeitos. O magistrado também
determina que a PF tenha acesso a “documentos e dados armazenados em
arquivos eletrônicos” e que colha os depoimentos de todos os alvos da
operação.
Confira trecho do documento
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