Fortaleza tem queda de 20% nos índices de roubos
|quadrimestre| Em números absolutos, a área com
o menor número de registros é a AIS 8, que abrange Barra do Ceará,
Pirambu e Vila Velha. Foram 496 Crimes Violentos contra o Patrimônio
(CVPs) até abril deste ano
Publicado em 20 de maio de 2019 às 08h40
Publicado em 20 de maio de 2019 às 08h40
No primeiro quadrimestre deste ano, Fortaleza reduziu,
na comparação com o mesmo período do ano passado, em mais de 20% o
número de Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVPs) 1, que incluem
delitos como roubos a pedestres e de documentos. A realidade da Cidade
reflete as seguidas reduções mensais dos CVPs registrada no Estado: já
são 23 meses consecutivos de diminuição na comparação com o mesmo mês do
ano passado.
No entanto, a redução na Cidade não ocorreu de
forma homogênea, ainda que todas as Áreas Integrada de Segurança (AIS)
tenham registrado diminuição no número desses crimes no período — a
exceção foi a AIS 1, de bairros como Aldeota, Meireles e Vicente Pinzón,
que praticamente manteve estável o número de CVPs 1, com crescimento de
0,23%. Enquanto algumas AIS registaram diminuições de 3% no número de
CVPs, outras chegaram a reduzir esse tipo de delito em mais de um terço,
como é o caso das AIS 5 e 6. As áreas reduziram em 33,68% e 38,06%,
respectivamente. A AIS 5 engloba bairros como Parangaba, Montese e
Benfica, enquanto a AIS 6 tem bairros como Antônio Bezerra, Parquelândia
e Henrique Jorge.
Em sua conta no Instagram, o secretário de Segurança
Pública e Defesa Social do Ceará, André Costa, postou imagem mostrando
que o bairro Antônio Bezerra reduziu em 77% os CVPs em março. No mesmo
período de 2018, foram registrados 97 casos, em 2019, foram 22, conforme
o 18º Batalhão de Polícia Militar (18º BPM). Na página do batalhão no
Facebook, outra publicação aponta redução de 76,5% no número de CVPs no
bairro Parque Araxá: saindo de 26 casos em março de 2018 para seis em
março de 2019. Em números absolutos, porém, a área com o menor número de
registros é a AIS 8, que abrange Barra do Ceará, Pirambu e Vila Velha.
Foram 496 CVPs até abril deste ano.
A tendência de redução é ainda maior, no entanto,
quando observada a partir de 2017. O secretário cita que desde que foi
iniciada a estratégia de combate à mobilidade do crime, em maio de 2017,
já foram reduzidos em torno de 40% os roubos e, em 65%, o número de
roubos de veículos. "São quase dois anos de consistente diminuição dos
roubos", ressaltou em publicação no Instagram, citando ainda que o
conceito de mobilidade do crime foi criado pelo titular da
Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp),
Aloísio Lira.
Na mesma postagem, o secretário citou que ainda que
muitas pessoas não registrem os assaltos que sofrem, corroboram com a
efetividade da estratégia definida pela SSPDS as reduções de roubos que
sofrem menos com subnotificação, como de cargas, a bancos e comércios. A
redução das CVPs 2, em 2019, em comparação com 2018, é de 48,1%,
destacou. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa
Social (SSPDS), o primeiro quadrimestre deste ano registrou o número
mais baixo de roubos de carros desde 2011, quando 1.274 delitos do tipo
foram registrados. Este ano, até abril, foram 1.726.
As estatísticas da Secretaria da Segurança Pública e
Defesa Social (SSPDS) dividem os CVPs em dois tipos. Além dos CVPs 1,
existem os CVPs 2, que incluem roubos à residência, com restrição de
liberdade, roubos de carga e veículos. A SSPDS não disponibiliza por
bairros as ocorrências de CVPs, apenas as Áreas Integradas de Segurança
(AIS).
A receita para as reduções
O titular da Secretaria da Segurança Pública e
Defesa Social (SSPDS), André Costa, comenta as estratégias para a
redução de crimes violentos letais e intencionais (CVLIs) e crimes
violentos contra o patrimônio (CVPs) no Ceará. Ele rebate a tese dos
indicadores de criminalidades serem devido a ordens de chefes de
facções. Conforme o jornal O POVO mostrou em 25 de abril deste ano, uma liderança
da facção Guardiões do Estado, em depoimento em dezembro de 2018, disse
haver uma orientação para não atacar rivais. "Vocês devem ter notado
que os homicídios diminuíram", chegou a dizer. Para o secretário, a
redução dos indicadores se deve ao trabalho das forças de segurança.
Assassinatos também em queda
Além da redução no número de Crimes Violentos
contra o Patrimônio (CVPs), o Estado também registra uma contínua
redução no registro de Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLIs),
índice que engloba homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas
mortes. Conforme a SSPDS, já são 13 meses consecutivos de redução de
CVLIs no Estado, na comparação com o mesmo período do ano anterior. No
primeiro quadrimestre deste ano, foram 758 assassinatos, contra 1.624 do
mesmo período de 2018. A redução é de 53,3%.
Fonte: Redação O Povo
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